quarta-feira, 26 de junho de 2019

PSOL, um partido feito por jovens e trabalhadores





Começa a tão esperada mudança política de Bacabal
            No dia 14 de junho de 2019, na sede do SINPROESSEMA, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) foi fundado em Bacabal, por pessoas de diferentes raças, gêneros, profissões e religiões, contando com a presença do presidente estadual, Geovane da Silva Lima, e de sua secretária estadual de mulheres, Jéssica Jardim. A união é motivada pelo desejo comum de construir uma cidade de justiça social e dignidade para todos, combatendo privilégios, discriminações, miséria e a prática dos politiqueiros de tirar proveito pessoal da política, trocando cargos por apoio e tratando o que é de todos como se fosse seu.     
            O presidente, Marcones Alves da Silva,  é jovem e professor da rede estadual, com sólida formação política e trajetória de lutas e serviço comunitário. Formado em ciências humanas pela UFMA Bacabal, Marcones ajudou na fundação da União Municipal dos Estudantes (UMES), e tem atuação na Pastoral da Juventude, Rede de Formação Cidadã e no Centro de Valorização da Vida. Egresso do PT, ele destaca a composição plural do partido e explica porque decidiu se filiar ao PSOL e como se tornou seu presidente: 
"O PSOL é verdadeiramente um partido, pois todas as pessoas que o integram se sentem  representadas e estão juntas por confiarem umas nas outras e comungarem de um ideal de justiça social e combaterem as discriminações e opressões. Para nós, do PSOL, fazer política é prestar serviço comunitário, doando o que temos de melhor para mudar a sociedade. Diferentemente do que ocorre nas demais legendas partidárias, não houve nem votação nem nenhum tipo de disputa para ocupar cargos. Achamos, coletivamente, que meu nome era o mais apropriado para o momento e como parte do grupo me coloquei à disposição, assim como as demais pessoas. Confesso que, no começo fiquei resistente à ideia de presidir o partido, mas fui convencido que era o melhor para nós quando refletimos juntos sobre como cada uma e um poderia contribuir melhor com o coletivo. Foi assim que designamos os cargos.".    
            Marcia Jane, que tem uma longa luta à frente da organização LGBTQ+, Flor de Bacaba, comenta sua indicação para a secretaria de movimentos sociais:
“Bacabal precisa entender, de uma vez por todas, que ninguém é melhor do que ninguém por ser de determinada classe social, raça, religião ou gênero. Nosso horizonte comum é a igualdade e dignidade da pessoa humana. Faremos um trabalho junto aos movimentos da cidade, para garantir o empoderamento de todos e que nossas reivindicações sejam atendidas.”.

            Em suas tarefas, Marcia Jane estará ao lado de Dhessica Liandra Martins da Silva, que ficou responsável pela secretaria de mulheres. “Teremos um árduo, porém imprescindível, trabalho para conscientizar a população acerca dos direitos das mulheres e do combate ao machismo e demais obstáculos e discriminações. Vamos empoderar as mulheres para que ocupem diferentes espaços na sociedade.”, afirma Dhéssica.
    Além de Dhessica e de Marcones, outro jovem que estará à frente do partido, como secretário de comunicação e juventude, é João Carlos, que preside a UMES. “Ser jovem é querer mudar, transformar. Nós precisamos mostrar aos jovens que é possível sermos protagonistas na política, exigindo nossos direitos, e que é possível fazer as coisas de forma diferente, honesta”, aponta João.
    Ao lado desses jovens, nessa nova e distinta caminhada, estão professores e trabalhadores de outras áreas. Francisco das Chagas, mais conhecido como “Gamarra”, é professor e coordena uma escola voluntária de futebol, no Bairro da Areia, há cerca de sete anos, junto ao professor Kleber. “Nós, do bairro da Areia, sabemos muito bem o que é negação de direitos. E não estamos só falando de esportes não. Cansamos de esperar e decidimos que, além de dar continuidade a nosso voluntariado, vamos nos organizar no PSOL e lutar pelos direitos de nossa comunidade.”. Fabio Ramos, que há anos trabalha como segurança, e a professora Francineuma Xavier, ambos moradores do bairro da Areia, também decidiram somar forças e se juntar ao PSOL, inspirados pelo trabalho de Gamarra. Também reforçam as fileiras do partido professores do IFMA, UFMA e UEMA, além de advogados, ambientalistas e funcionários da receita federal.  
Mas, dentre as trabalhadoras, na área da Educação, cabe destacar a filiação da Professora Liduina Tavares, membra da Academia Bacabalense de Letras, que tem respeitável trajetória junto aos movimentos sociais da cidade e acumula importante experiência política, tendo já exercido um mandato de vereadora e dirigido a secretaria de educação. O partido estuda lançar Liduina Tavares como candidata à prefeitura, em 2020. Sobre sua filiação e possível candidatura, diz a professora que, 
“Decidi me filiar não como parte de um projeto pessoal, mas sim coletivo, e nós estamos construindo um partido coeso, cuja força vem da formação política gradativa que estamos realizando, assim como do estudo minucioso dos problemas da cidade. Nós, em 2020, vamos disputar para valer. Se serei candidata à prefeitura ou vereadora, a decisão será coletiva. De todo modo, meu nome está à disposição do PSOL que está confiante e entusiasmado com essa possibilidade de me lançar candidata à prefeitura. Mas, ainda estamos estudando os possíveis cenários. O que posso afirmar desde já é que o partido terá sim uma candidatura majoritária para defender um programa para a cidade e, com ele, elevar a consciência política da população. Tanto o programa quanto a candidatura serão construídos coletivamente. Queremos mesmo é mudar essa cidade com urgência, e com o grupo convicto e coeso que temos, disputaremos para valer as mentes e corações bacabalenses”.

      Para esse jovem partido, a política é feita a cada dia e em todos os espaços, pois se trata de serviço comunitário e não de carreirismo. Desse modo, quanto às candidaturas, a definição será coletiva e no momento oportuno, tendo como critério a melhor forma de empreender a ousada tarefa de sacodir a poeira e abalar as carcomidas estruturas da política local, afligidas pelo clientelismo e patrimonialismo.

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