Em suma, isso tudo
deriva do objetivo das gestões não ser qualificar os serviços públicos, mas
perpetuar-se no poder, utilizando da “máquina” como podem, drenando,
ilegalmente, os recursos públicos para fins privados, gerando a precarização
geral. Assim que, diante da falta de acesso à
saúde, esta também se torna moeda de troca nas mãos de politiqueiros, que usam
de sua influência para passar seus contatos na frente dos demais,
desrespeitando prioridades, urgências e a própria decência atrelada ao
tratamento isonômico.
O
anúncio. Nossa visão.
É necessário lutarmos
por uma cidade que efetive os direitos sociais assegurados no artigo 6º da
Constituição, dentre eles, também, a saúde. Uma cidade que, portanto, ofereça
serviços públicos de qualidade. Se consultas, exames e medicamentos estão
assegurados pela rede pública, significa menor custo de vida para os e as trabalhadoras,
o que é salário indireto. É fundamental, assim, valorizar as instituições
estatais, zelar por elas e garantir a gestão mais eficaz possível.
O direito à saúde é
um direito essencial, garantidor dos demais. A ele, inclusive, está associado o
direito fundante da ordem social, que é o direito à própria vida, sem a qual
não há direitos possíveis. Logo, é tanto uma obrigação ética como política a
garantia da saúde, revertendo o quadro atual de precarização e mercantilização.
Cuidar da saúde pública é garantir o primeiro patamar necessário para uma vida
digna, pois é a garantia primeira de que ela será vivida.
É possível e
necessário tornar Bacabal uma cidade boa para nascer, crescer, viver,
envelhecer e visitar. É possível e necessário buscar um crescimento econômico,
social e ambiental sustentável e integrado. É nessa perspectiva holística que
as políticas de saúde devem ser pensadas, planejadas e executadas. Precisamos
garantir maior fonte de arrecadação para a população e município para, por meio
dos serviços públicos, efetivar direitos e alcançar maior justiça social.
Precisamos garantir seguridade alimentar e direito ao esporte e cultura,
acoplando-os a uma concepção que enfatize a medicina preventiva, familiar, de
modo a reduzir enfermidades e a demanda dos serviços emergenciais. Uma
população saudável demanda menos desses serviços. Prevenir é a chave e, para
isso, faz-se necessário garantir os demais direitos e, sobretudo, combater a
desigualdade, a pobreza e a miséria. Basta de vidas precárias traduzidas em uma
saúde precária.
O caminho. O que fazer?
- No início do
mandato, promover assembleias nas instituições de saúde de Bacabal, convocando
comunidade e profissionais para levantar os principais problemas, possíveis
soluções e elaborar um plano de ação, cujo cumprimento ficará a cargo de um
conselho da instituição, presidido por sua direção, mas integrado pela
comunidade e demais profissionais.
- Envolver a
comunidade na gestão dos serviços e espaços de saúde garantirá o aproveitamento
dos conhecimentos sociais e profissionais, bem como fortalecerá o espírito
participativo e democrático, ressignificando a ideia do “cidadão de direitos”,
criando sentido de pertença e corresponsabilidade, que pode se traduzir também
na disponibilização voluntária de serviços e materiais para qualificar a saúde.
Se o Estado é central para a garantia de direitos, aproximar a população dele,
ressignificando seus espaços, é estratégia de formação continuada do corpo da
cidadania, contribuindo para extirpar o ranço autoritário e personalista
entremeado nas mentalidades acerca dos direitos como favores.
- Desenvolver ações conjugadas da pasta
de saúde com desenvolvimento social, esportes, cultura e outras, pensadas a
partir da concepção de medicina preventiva;
- Expandir o centro
de especialidades de Bacabal, minorando a necessidade de deslocamentos da
população, barateando assim seu custo de vida;
- Elaborar e apresentar aos municípios
vizinhos um plano de divisão do custeio do atendimento à saúde.
- Implantar um Hospital da Mulher, ou,
ao menos, uma ala específica.
- Desenvolver uma política oficial de
parto humanizado, conscientizando as equipes de saúde e população;
- Fazer um amplo
levantamento de dados dos principais problemas de saúde no município, de modo a
constituir uma base segura para o planejamento e desenvolvimento de ações
específicas;
- Aumentar o número de equipes de saúde
da família, atendimento domiciliar e dos agentes comunitários, priorizando a
atenção básica e preventiva.
- Melhorar, urgentemente, a infraestrutura
do Hospital Geral de Bacabal – HGM.
- Por meio de levantamento e
processamentos de dados, qualificar ou criar um programa de abastecimento de
medicamentos nos postos de saúde;
- Criar sistema de prontuário
eletrônico municipal, com ampla transparência e controle social, reduzindo a
necessidade de filas presenciais e o abuso político da precariedade do setor;
- Reestruturar os serviços de saúde
mental, contratando médicos especialistas, principalmente na área da
psiquiatria e psicologia, especialmente, para atendimento da juventude e
Terceira Idade.
- Fazer um levantamento das principais
demandas e melhorar as políticas públicas de atenção e integração da Terceira
Idade.
- Intensificar as
ações de fiscalização da Vigilância Sanitária, sobretudo aos açougues e
comércios de gêneros alimentícios.
- Em parceria com instituições sociais
atuantes no setor, desenvolver campanhas para reforçar a conscientização,
prevenção e o tratamento do abuso de substâncias, incluindo álcool, tabaco e
substâncias ilícitas.