Já vimos que, para
promover o desenvolvimento rural sustentável, é fundamental mobilizar e garantir
o engajamento dos pequenos produtores, fortalecendo a agricultura familiar. Esse
caminho já foi trilhado nos países desenvolvidos e se mostrou bem-sucedido
econômica e socialmente, sendo mais eficiente e gerando mais empregos. É
inegável o papel da agricultura familiar em promover o desenvolvimento do campo,
devendo estar acompanhada das devidas políticas públicas de apoio ao
trabalhador rural e incentivo à sua produção.
É nesse contexto que surge a agroecologia
como alternativa para fortalecer a agricultura familiar, articulando seus
principio ecológicos, agronômicos e socioeconômicos e viabilizando a
implantação de um desenvolvimento rural sustentável democrático partindo das
ações locais tendo os agricultores como protagonistas destas ações. Citando
especialistas no assunto,
Em síntese, o enfoque agroecológico corresponde
à aplicação interativa de conceitos e princípios da Ecologia, da Agronomia, da
Sociologia, da Antropologia, da Comunicação, da Economia Ecológica e de outras
áreas do conhecimento científico, no redesenho e remanejo de agroecossistemas
que sejam sustentáveis ao longo do tempo, configurando-se como um campo de
conhecimento híbrido, para apoiar o processo de desenvolvimento rural
sustentável.
A
agroecologia tem se consolidado como um caminho viável para o estabelecimento
da economia solidária, comprometido com as pessoas hoje e com as futuras gerações.
O crescimento da população e o aumento da pressão sobre os recursos naturais
têm provocado sua depleção e é preciso pensar e planejar hoje o que será do futuro
em nossa casa comum. Este comprometimento passa pela conscientização acerca
das limitações dos ecossistemas e pela necessidade da manutenção de seu
equilíbrio.
A agroecologia parte do princípio de desenvolver a produção agrícola sem danos ao
ambiente, partindo da lógica da complexidade advinda das comunidades
tradicionais fazendo surgir propostas de integração: agroecologia e agricultura
familiar que favorecem a combinação entre a complexidade da agricultura
familiar e o controle e supervisão necessária ao trabalho.
No intuito de permitir
o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar, é preciso ter
tecnologias apropriadas, realizar ações de extensão rural, fornecer assistência
técnica e facilitação ao acesso ao crédito rural, visto que parcela
considerável da capacidade de absorção de avanço tecnológico da produção
proveniente da agricultura tem admitido a composição da produção de fibras e
alimentos com preços baixos com a elevação
da qualidade de vida do produtor.
É importante o reconhecimento da
agricultura familiar a partir da ação dos pequenos agricultores como uma
possibilidade para o estabelecimento do desenvolvimento rural sustentável. Ao
considerar que os países desenvolvidos tiveram avanços em seu processo de
produção com base no trabalho dos agricultores familiares, temos uma
significativa informação no tocante ao planejamento da produção familiar e do
seu processo de organização.
Referências
ASSIS, R. L. de. Desenvolvimento rural sustentável
no Brasil: perspectivas a partir da integração de ações públicas e privadas com
base na agroecologia.
Economia Aplicada,n.10, 2006.
GUZMÁN, E. S. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável In: AQUINO, A. M. de, ASSIS, Renato Linhares de.(Editores Técnicos) Agroecologia: princípios e técnicas para uma agricultura orgânica sustentável. Brasília, DF : Embrapa, Informação Tecnológica, 2005
OLIVEIRA, F. das C.; DE SOUSA, V. F.; DE OLIVEIRA JÚNIOR, J. O. L. Estratégias de desenvolvimento rural e alternativas tecnológicas para a agricultura familiar na Região Meio-Norte. Teresina: Embrapa Meio-Norte, 2008.
SOGLIO, F. D. e KUBO, R. R. (Orgs). Desenvolvimento, agricultura e sustentabilidade. Coordenado pela SEAD/UFRGS. – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2016. p. 51.
GUZMÁN, E. S. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável In: AQUINO, A. M. de, ASSIS, Renato Linhares de.(Editores Técnicos) Agroecologia: princípios e técnicas para uma agricultura orgânica sustentável. Brasília, DF : Embrapa, Informação Tecnológica, 2005
OLIVEIRA, F. das C.; DE SOUSA, V. F.; DE OLIVEIRA JÚNIOR, J. O. L. Estratégias de desenvolvimento rural e alternativas tecnológicas para a agricultura familiar na Região Meio-Norte. Teresina: Embrapa Meio-Norte, 2008.
SOGLIO, F. D. e KUBO, R. R. (Orgs). Desenvolvimento, agricultura e sustentabilidade. Coordenado pela SEAD/UFRGS. – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2016. p. 51.