segunda-feira, 9 de março de 2020

O 8 de março na Praça do Bolo


Esse dia de luta foi marcado, em Bacabal, por uma roda de conversa, na Praça do Bolo, organizada pelo PSOL, Fórum Social de Bacabal e pelo Movimento da Juventude Libertária. Os temas abordados: machismo, relacionamento abusivo, violência obstétrica, e as intersecções entre gênero, classe e raça.

O diálogo foi conduzido pela Professora da UFMA, Mayka Danielle Brito, que fez um histórico do dia e das lutas das mulheres, com questionamentos que levaram a várias  intervenções muito qualificadas das companheiras ali presentes. Os homens souberam mais ouvir do que falar, respeitar o momento de escuta, e todas e todos compreenderam melhor as pautas fundamentais abordadas. “Tudo mais popular, familiar, simples...”, avalia um dos presentes. Conforme outro testemunho: “Achei que com essa atividade avançamos para construir uma sociedade que não se cala e nem vai se calar diante da violência contra as mulheres.”.


Um terceiro relato destaca
... os atos machistas cotidianos, que nem nos damos conta por termos sido criados em sociedade assim. Tipo não cortar fala de mulher, prestar atenção ... Gostei também por isso. Pois foi muito familiar mesmo, galera gente boa reunida. Não teve desgaste, que às vezes rola por indelicadeza na hora de falar com companheiros e desconstruir deslizes. 




Em resumo, nas palavras da Professora Mayka,
Foi um espaço de debate que permitiu problematizar o próprio 8 de  março, contestando questões dolorosas que precisam ser curadas. A conscientização é o primeiro passo para romper com a mentalidade e práticas machistas, os relacionamentos abusivos, e todo tipo de violência contra a mulher pobre, negra, indígena e homoafetivas. Que possamos reproduzir momentos como esse. Parabéns pela iniciativa!


A atividade também contou com música e poesia, tendo sido lida a que segue:


       
A organização avaliou, positivamente, outra dimensão da atividade:

Assim vamos ocupando espaço público, debatendo, desconstruindo essa lógica tosca da política local de que se for pra usar espaço público tem que botar gente. Daí obrigam, pagam, fazem presepada. Isso é ensinamento democrático que viemos fazendo desde ano passado, até com ato que estivemos em nove na praça do Paraíba.

Esse balanço fortalece o entendimento de que é necessário e possível consolidar uma nova cultura política na cidade, utilizando os espaços públicos, não para medir forças, mas gerar consciência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

NOTA AOS MOVIMENTOS E ORGANIZAÇÕES DOS PROFESSORES/AS, DO CAMPO POPULAR, INDÍGENA, QUILOMBOLA E SINDICAL DO MARANHÃO

 NOTA AOS MOVIMENTOS E ORGANIZAÇÕES DOS PROFESSORES/AS, DO CAMPO POPULAR, INDÍGENA, QUILOMBOLA E SINDICAL DO MARANHÃO     Nós, que subscreve...