Diariamente, vêm aumentando em
Bacabal os casos de violência fatal envolvendo crianças e jovens. Isso nos entristece
como sociedade, mas traz torpe alegria aos programas sensacionalistas de TV que
vivem da audiência criada pela tragédia alheia. Contra essa bestialização, afirmamos
em alto e bom som que: Nenhuma criança nasce má ou criminosa. Queremos direitos
e cultura da paz.
Sejamos sinceros: nossa juventude
está sufocada, vítima de uma sistemática
violação de direitos, ausência de perspectivas e descaso dos poderes
públicos. Contribui para isso vivermos em uma sociedade extremamente desigual, de
hiperconsumo, com valores superficiais e espetacularização constante da
violência, o que aliena, deprime e rouba perspectivas de presente e futuro.
Devemos apontar o dedo para os
responsáveis últimos de nossa tragédia social (o
descaso dos gestores ou “krakens”), e não para as vítimas. Na imensa
maioria dos casos, o crime não é uma opção, mas justamente a falta de
alternativas. É fruto da sistemática negação de direitos, como o acesso à
educação de qualidade, esporte, lazer, cultura, empregabilidade e vida familiar
e comunitária solidária.
“Queremos nossos jovens vivos” é a
campanha virtual do PSOL Bacabal, em defesa de melhores condições de vida e
acesso aos direitos previstos no “Estatuto da Juventude” (Lei
12.852, de 2013), que tem como princípios: “promoção da autonomia e
emancipação dos jovens” e valorização e fomento a sua criatividade, participação
social e política. A paz é fruto da justiça.
Reivindicamos
uma cidade acolhedora, de políticas públicas que ofereçam espaços de lazer, diálogo
e convívio, que valorizem e integrem nossa juventude, reconhecendo nela sujeitos
de “direitos universais, geracionais e singulares”, promovendo seu bem-estar e
desenvolvimento integral, respeitando sua identidade e diversidade para uma
vida segura, solidária e sem discriminação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário