terça-feira, 20 de outubro de 2020

Políticos que cometeram assassinatos em Bacabal devem ser presos

 


             Quando alguém procura atendimento público de saúde, mas não encontra e vem a óbito, como podemos denominar essa morte? E quando morre um jovem, que vivia em situação de vulnerabilidade social e foi cooptado pelo tráfico por falta de políticas públicas? Quem foram os culpados por essas mortes? Quem realmente as provocou: O destino, o acaso ou os gestores de nossas verbas públicas? E, nos últimos anos, quantos bacabalenses, de fato, morreram pela precariedade de nossa saúde e pela falta de políticas públicas, especialmente das periferias?

           Para nós, assassinato é a forma mais apropriada de definir essas centenas de óbitos cometidos pelos politiqueiros de Bacabal, tanto do legislativo quanto do executivo. Foram mortes completamente evitáveis. Bastava termos gestões comprometidas com a coisa pública, e não com interesses privados, como escancarado nos casos gritantes de nepotismo (nomeação de parentes para cargos públicos).  

           Para quem está disposto a ver o óbvio, não faltam indícios de que, nas últimas gestões, foram cometidos vários atos ilícitos, ocasionando desvios de milhões de reais dos cofres públicos bacabalenses. Além de acusações específicas, que já estão sendo apuradas, os gastos milionários durante as campanhas políticas, inclusive na atual, sustentam essa hipótese. Afinal, não há doadores abnegados e ideológicos, mas sim investidores, que cobram em triplo os valores investidos nas candidaturas, após eleitas.

            Não falamos grandes novidades até aqui, certo? Mas,  o que nós, sujeitos comuns, podemos fazer? O caminho é reto e óbvio. Primeiro, garantir que somente quem faz campanha voluntária, baratíssima, crítica e propositiva tenha mandatos políticos para legislarem ou governarem em nosso nome. Só os sujeitos que receberem seus mandatos desse modo podem cumprir seu dever público, representando a sociedade e não a si mesmos. Fora disso, votar em campanhas milionárias, é manifestação de cumplicidade com assassinatos, e não há como expiar essas mortes, uma vez tomada consciência de sua causalidade.

            Eleito esse grupo voluntário, independente, crítico e propositivo, podemos seguir ao próximo e decisivo passo, que só pode ser dado por essas pessoas sem rabo preso. No caso, realizar uma auditoria minuciosa, averiguando cada centavo gasto pelo poder público nas últimas gestões e também os critérios utilizados para contratar e nomear cargos comissionados. Para realizar essa devassa nas contas públicas, deve ser contratada equipe técnica, especializada e independente, composta de advogados e contadores, que irá fazer uma colaboração histórica com órgãos do judiciário para apurar toda e qualquer irregularidade cometida. Essa equipe seguirá atuante, após o fim dessa devassa, com plena independência para monitorar os atos do próprio executivo e legislativo eleitos no pleito de 2020. Trata-se de uma controladoria do município realmente independente, uma instituição técnica para auditar, fiscalizar, orientar e levar ao conhecimento do Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado quaisquer suspeitas de ilícitos cometidos, para que deem os devidos encaminhamentos.  

        Seguramente, essa medida histórica e revolucionária confirmará a hipótese de que foram cometidas centenas de assassinatos políticos em Bacabal, nos últimos anos. Após a eleição do prefeito e dos vereadores do PSOL Bacabal, em 2020, até o final do ano, eles tentarão queimar muitos arquivos. Mas, adiantamos que, provavelmente, faltará presídio todos esses assassinos do povo, vinculados a ambas as facções políticas da cidade, que se alternaram no poder, nos últimos anos.   

 

 

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