quarta-feira, 1 de julho de 2020

Cultura para o espírito e a economia de Bacabal



      Investir na cultura é essencial para uma sociedade mais justa, democrática e elevada. É investimento e não gasto, cabendo à gestão implementar políticas culturais com diretrizes bem planejadas. É uma via de mão dupla, que além da humanização, gera renda, cabendo à gestão distribuir melhor os bens culturais e garantir que todas e todos tenham acesso a eles, ao invés de restringi-los às áreas centrais da cidade, excluindo as periferias e povoados. Acaso saibamos explorar seu potencial, cultura pode se constituir em um importante e viável meio de sobrevivência para muitas pessoas. Para isso, é fundamental elaborar e implementar estratégias que fortaleçam a economia da cultura, contemplando as diversas cadeias e arranjos produtivos, sem esquecer de explorar os meios para garantir a sustentabilidade ambiental. Quantos recursos não são movimentados por produtos culturais, como Bacabal Folia, carnaval e festa junina? E o carnaval do Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo?  
Estudos apontam que o carnaval do Rio é produto cultural relativamente barato para o financiamento municipal e estadual que, em contrapartida, gera renda para milhões e traz bilhões de reais para a cidade. A expectativa da Prefeitura da antiga capital brasileira, para o carnaval de 2018, foi um rendimento de até R$ 3,5 bilhões. Conforme dados divulgados pela Riotur, de 2011 até 2018 os gastos dos foliões na cidade somaram R$ 15,2 bilhões de reais. Por que não seguir esse exemplo, guardando-se as devidas proporções? Já temos na Bacabal Folia um excelente começo, cabendo fortalecê-lo, juntamente com demais eventos culturais, como o próprio carnaval e as festas juninas.
Em nossa cidade, há uma pluralidade de manifestações culturais, que precisam receber a devida atenção, reconhecimento e incentivo. No século XXI, a cultura deve ser entendida em sua diversidade, reconhecendo-se, juntamente com o patrimônio e as linguagens já consagradas, as múltiplas formas de expressão e comportamento. Eis a diversidade cultural, que em Bacabal é notória, a exemplo da riqueza musical, que vai do Reggae ao Rap, passando pelo forró. Temos uma cultura urbana e jovem, muitas vezes reprimida pela ignorância. Ao lado dela, uma fortíssima cultura popular que, mesmo negligenciada, é passível de ser revivida e levada a sua plenitude, bem como a diversidade dos bairros e povoados que constituem Bacabal. Não podemos esquecer também de nossa pluralidade e sincretismo, que tem expressão cultural, como nos terreiros, na capoeira, no Bumba-meu-boi.
1.      Com o setor cultural mapeado, envolvido na elaboração e execução das políticas públicas e fortalecido, é possível consolidar um roteiro cultural da cidade e começar sua projeção regional, divulgando os eventos da cidade, como estratégia de fomento ao turismo cultural. Para isso, vamos investir na formação de produtores, de público, na publicidade e consolidar uma agenda de festivais e eventos das diferentes áreas para, então, colher os frutos. 
          
            Referência

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