sábado, 26 de setembro de 2020

Libertação Bacabal! Rompamos os grilhões




    Nossa realidade social e política de desemprego, dependência econômica e corrupção não é eterna ou imutável. Ela "não é" assim, apenas está assim. Do mesmo modo como se formou desse modo, pode ser mudada. Inclusive, temos a oportunidade de mudar de rumo a cada segundo, bastando a escolha decisiva de parar de fazer tudo igual e mudar de rota. Isso vale tanto para a vida pessoal quanto para a pública. É necessário deixar de seguir pelos mesmos e batidos caminhos, que só nos levam à reprodução de nossa miséria mental e material.  Em se tratando da política municipal, é urgente mudar de rumo, empreender uma viagem nova, sem os vícios habituais. O sistema da gangorra, do revezamento entre duas facções, precisa acabar. Se as coisas estão assim hoje, é porque foram construídas e mantidas assim há décadas, entrou gestão, saiu gestão, seja do grupo do seis seja do grupo meia-dúzia, ambos responsáveis pelo atual estado de coisas, e assim chamados, justamente, por se equivalerem. 

    Manter as pessoas sem emprego, dependentes de cargos distribuídos conforme sua fidelidade política é absolutamente ilegal e imoral, e um projeto de poder antigo e perverso. Vulnerabiliza a liberdade econômica e política das pessoas, violando a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (LIMPE), que são princípios obrigatórios às gestões públicas, conforme o artigo 37 de nossa Constituição Federal, de 1988. Limpe não é mérito, apenas dever cívico, mas está na ordem do dia em Bacabal.

    Mesmo quem precisa se render ao poder pra ter emprego, não necessariamente precisa apoiar os poderosos no silêncio dos lares e, sobretudo, nas urnas. Não podemos seguir manifestando apoio a essa lógica, que nos condena. Se votamos, referendamos, sinalizamos que está tudo bem e que podem seguir comprando a tudo e a todos. Vamos nos libertar da escravidão mental primeiro, e depois teremos forças pra romper os grilhões materiais.

    Desde a fundação do PSOL Bacabal, em 14 junho de 2019, temos feito esse diagnóstico crítico e apontado caminhos. Sabemos que essa guerra contra as facções vai longe, mas estamos a cada dia mais firmes e encarando uma batalha por vez. Não podemos deixar que mais vidas se percam por desvios de verbas da saúde, educação, cultura. Precisamos garantir o hoje e o amanhã de todas e todos, o que só faremos com reflexões e atuações honestas e críticas no debate público.

    Todo apoio a Bartolomeu dos Santos (PSOL) e Welyson Lima (PSB), e à chapa proporcional do PSOL, que representam um grupo insurgente, composto só de voluntárias e voluntários, que vem debatendo a cidade e apontando novos rumos.

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