“Para seguir
adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de
culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre
com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável
global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na
justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é
imperativo que, nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns
para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.”.
Eis um trecho da Carta da Terra. É com base nesse apelo global, que devemos embasar e efetivar as políticas públicas ambientais de Bacabal. “O momento crítico na história da Terra” é fenômeno global, e há tempos também impacta nossa realidade local. Nós, população bacabalense, temos o dever de prezar por nosso futuro comum, decidindo se ele será sustentável ou se, infelizmente, seguiremos contribuindo para o ecocídio global.
Em verdade, não há escolha para quem preza pela vida na terra. O único caminho é envidarmos todos
os esforços possíveis para termos uma vida coletiva sustentável. Devemos ser
responsáveis, comprometidos com o dom da vida e com as futuras gerações, não
podendo mais considerar as Políticas Públicas Ambientais como algo secundário,
à parte, mas sim, como eixo central, ponto de partida e de chegada de todas as
demais políticas.
A partir dessa decisão
óbvia é que desenhamos um horizonte e apresentamos uma alternativa de representação e
reivindicação política. Elencamos, a seguir, dez diretrizes e valores que devem fundamentar
o planejamento, execução e avaliação de nossas ações e projetos ambientais:
1. Garantia de justiça ambiental e social, prezando pela preservação e por uma economia includente, solidária, de baixo impacto e sustentável;
2. Transversalidade das políticas públicas entre as secretarias, sendo o meio-ambiente questão sempre presente;
3. Corresponsabilidade, participação e trabalho em rede para a defesa do meio ambiente, envolvendo toda a sociedade com suas entidades, os setores produtivos e o poder público;
4. Eficácia nas ações públicas de conscientização de quem precisa, cobrança e, se necessário, punição de quem sabe e não respeita ;
5. Identificação e combate integrado às causas e aos causadores da degradação ambiental;
6. Incentivar inovações e a produção local sustentável para diminuir nossas pegadas ecológicas, isentando de impostos e subsidiando a substituição de produtos importados por locais, gerando renda e qualidade de vida, interligando o viver bem no campo com o viver bem na cidade.
7. Promover o direito humano intergeracional a um ambiente saudável, à água e ao saneamento básico, promovendo políticas estruturais adequadas e a arborização e ampliação das áreas verdes da cidade.
8. Favorecer uma mudança energética para frear o aquecimento global e economizar nos gastos públicos.
9. Efetivar a educação
ambiental por meio de ações envolvendo as comunidades-escola e suas respectivas
instituições.
10. Delinear uma política eficiente de gestão dos resíduos, conscientizando a população para a separação do lixo na origem, a ser assim recolhido e destinado para os locais de reciclagem, em parceria com os catadores.
10. Delinear uma política eficiente de gestão dos resíduos, conscientizando a população para a separação do lixo na origem, a ser assim recolhido e destinado para os locais de reciclagem, em parceria com os catadores.
Tais diretrizes estão em consonância com a transição ecológica necessária para uma nova sociedade do século XXI. Precisamos erradicar as misérias que nos afetam e impactam no meio ambiente, assegurando a vida das futuras gerações. Precisamos gerar oportunidades socioeconômicas, que sejam completamente sustentáveis, de modo a
garantir a continuação da vida em um ambiente saudável, que é um direito humano de terceira geração. Precisamos e vamos plantar, esverdear e despoluir Bacabal.
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